Curso de Empatia e Comunicação nos

CUIDADOS PALIATIVOS

Sobre o IBDPAC

O IBDPAC é uma associação civil sem fins lucrativos, criada em 2020, com a missão central de promover uma nova cultura nos cuidados em saúde, baseada no Cuidado Centrado no Paciente e na relação construtiva e colaborativa entre  profissionais de saúde, pacientes e familiares. Para tanto, o IBDPAC desenvolve atividades de formação e de capacitação de pacientes, familiares, profissionais de saúde e do direito, e membros de organizações de pacientes. Ainda, o IBDPAC presta serviços de consultoria especializada sobre Direito do Paciente e temas afetos.

O IBDPAC foi idealizado e concebido como um propulsor de ferramentas educativas com vistas a contribuir para que o cuidado em saúde seja alicerçado nas necessidades, na vontade e nos valores dos pacientes, e que a conexão entre o profissional de saúde e o paciente seja moldada a partir de uma comunicação empática. Portanto, o IBDPAC é o único e o primeiro instituto do Brasil completamente dedicado ao paciente como protagonista do seu cuidado e à melhoria da conexão entre o profissional de saúde, familiares e paciente, com o objetivo de alcançar bem-estar e qualidade de vida para o paciente.

Acesse nosso site e conheça mais sobre nossos cursos, consultorias e artigos: www.ibdpac.com.br

SOBRE O CURSO

O Curso tem como proposta o aprendizado teórico associado à prática, tendo como base artigos científicos e livros atualizados e internacionais, bem como o livro Empatia nos Cuidados em Saúde: comunicação e ética na prática clínica, da autora Aline Albuquerque.

A metodologia  participativa adotada no Curso tem como desiderato encorajar os profissionais participantes que reflitam sobre sua própria atuação, de modo a propiciar alterações significativas na sua  relação com os pacientes.

Assim, o Curso oferece a oportunidade de que o processo de aprendizado se dê por imersão em uma situação real, considerando o reconhecimento de que a conscientização dos profissionais de saúde acerca da importância da empatia clínica e da comunicação empática pressupõe a sua capacidade de conectá-las com a sua prática profissional.

O que você precisa saber
sobre essa temática.

A empatia pode ser entendida como a capacidade de considerar a situação de outra pessoa por meio de suas perspectivas, emoções e comportamentos. No caso dos cuidados em saúde, a empatia clínica, que emerge da relação entre profissional de saúde e paciente, possui três componentes: compreensão da situação do paciente, comunicação dessa compreensão e uma atitude pró-paciente. Assim, ao enfatizar a perspectiva do paciente, a empatia auxilia os profissionais de saúde a estabelecerem um relacionamento de confiança com os pacientes. Ademais, a empatia clínica e seus estudos são uma resposta à atual abordagem médica que se centra em um sistema estreito e inflexível que negligencia a experiência subjetiva do sofrimento humano.

Particularmente, nos cuidados paliativos, a empatia é considerada uma competência central para a provisão de tal tipo de
cuidado, assim, a capacidade de empatizar com a situação do paciente tonar-se um modo prático de concretizar o cuidado de qualidade nos cuidados paliativos. Em geral, inclusive nos cuidados
paliativos, a profissional de associada a empatiado saúde está uma série de benefícios, como ao Cuidado Centrado no Paciente, melhor manejo de condições crônicas, redução da dor e aumento da satisfação com o cuidado.

Contudo, há uma série de barreiras à empatia entre profissionais de saúde e pacientes, tais como a ansiedade e a pressão de tempo a qual os médicos estão submetidos, o que muitas vezes os impedem de escutar adequadamente os pacientes durante as rondas diárias. Outro obstáculo à empatia se encontra na falha de muitos médicos em reconhecer as necessidades emocionais dos pacientes como parte integrante da doença e do cuidado. Além disso, um terceiro obstáculo diz respeito a emoções negativas que podem emergir das interações entre profissionais e pacientes.

A comunicação empática é considerada uma competência essencial para promover a estabilidade emocional do paciente, particularmente nos cuidados paliativos, haja vista o fato de que há diálogos difíceis em tal contexto. Destaca-se que a comunicação empática do médico leva à redução da ansiedade do paciente, maior satisfação com o cuidado e ao atendimento das necessidades emocionais do paciente. Com efeito, os problemas de comunicação são a maior causa de insatisfação dos pacientes nos serviços de saúde. A pesquisa Hospital Consumer Assessment of Healthcare Providers and System (HCAHPS) estabelece explicitamente que o feedback do paciente às pesquisas é um indicador de ‘qualidade do cuidado. As pontuações de satisfação do paciente são baixas na área de comunicação.

Dada a importância da empatia em ambientes clínicos e as barreiras que impedem sua prática, vários programas de capacitação de empatia foram desenvolvidos para profissionais de saúde. A maior parte dos programas tem se concentrado em desenvolver habilidades para que os profissionais de saúde adotem a perspectiva do paciente por meio da imaginação ou, mais comumente, por meio de dramatização. Alguns achados preliminares indicaram resultados positivos e melhora na capacidade empática.

OBJETIVO GERAL

Capacitar profissionais de saúde cujas atividades possuam interface com os cuidados paliativos em empatia clínica e comunicação empática.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Explanar a definição de empatia clínica, distingui-la da compaixão e desenvolver suas dimensões cognitiva e emocional.
  • Explicar o conceito de comunicação empática e os modos de aplicá-la.
  • Apresentar reflexão sobre a importância da empatia clínica e da comunicação empática no contexto dos cuidados paliativos.
  • Promover a empatia clínica dos profissionais no contexto dos cuidados paliativos.
  • Desenvolver habilidades dos participantes em comunicação empática.

MINISTRANTES

Profª. ALINE
ALBUQUERQUE

Pesquisadora Visitante da Escola de Políticas e Gerenciamento da Saúde da Universidade de Erasmus. Pesquisadora Visitante no Programa de Empatia da Faculdade de Filosofia da Universidade de Oxford. Pós-Doutorado em Direitos Humanos dos Pacientes na Universidade de Essex, Inglaterra. Pós-Doutorado
em Direito Humano à Saúde na Universidade de Emory, Estados Unidos.

Professora Credenciada da Pós-Graduação em Bioética da Universidade de Brasília. Coordenadora da Pós-Graduação em Direito do Paciente. Diretora do Instituto Brasileiro de Direito do Paciente. Membro do Conselho Diretivo da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente.

Coordenadora-Geral do Observatório Direitos dos Pacientes do Programa de Pós-Graduação da Universidade de Brasília. Membro do Comitê de Bioética do Grupo Hospitalar Conceição. Membro do Comitê de Bioética do Hospital de Apoio do DF. Conselheira do Conselho Nacional de Saúde. Membro do Conselho Diretivo da Redbioética Latino-americana da UNESCO. Advogada da União. Autora dos livros: Empatia nos Cuidados em Saúde: Comunicação e Ética na Prática Clínica; Capacidade Jurídica e Direitos Humanos; Direitos Humanos dos Pacientes e Bioética e Direitos Humanos. Doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília e Universidade de Zurique. Especialista em Neurociência e Psicologia Aplicada pela Universidade Mackenzie e Especialista em Bioética pela Cátedra UNESCO de Bioética da Universidade de Brasília.

Profª. ANDREA
NOGUEIRA ARAUJO

Médica pediatra e paliativista pediátrica no Sistema Único de Saúde (SUS). Presidente da Academia Distrital de Cuidados Paliativos no biênio de 2024-2026. Preceptora do Programa de Residência Médica em Pediatria do Hospital Regional de Ceilândia. Membro da Comissão Científica da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal. Membro do Comitê de Pediatria da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Membro da Rede Brasileira de Cuidados Paliativos Pediátricos. Membro do Conselho Regional de Saúde de Ceilândia. Mestre em Ciências da Reabilitação pela Rede SARAH. Especialista em Filosofia pela Universidade de Brasília. Especialista em Bioética pela Cátedra UNESCO de Bioética da Universidade de Brasília. Residência Médica em Pediatria pelo Hospital das Clínicas da UFMG.

Profª.
CRISTINA ORTIZ

Pediatra, Neonatologista e Intensivista Pediátrica. Especialista em Dor pela UFSCar. Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal Fluminense. Doutora em Epidemiologia pela Universidade do estado do Rio de Janeiro. Pós-doutorado pelo Programa de Bioética da UnB. Docente e Pesquisadora do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Docente Permanente e Vice coordenadora do Programa de Pós-graduação em Gestão da Clínica da UFSCar.
Vice coordenadora da residência Médica em Pediatria da UFSCar.
Membro do Conselho Científico, do Grupo Temático de Pediatria e do Núcleo de Pesquisa da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente.
Coordenadora do Centro de Empatia no Cuidado em saúde do Brasil. Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq NeEPePe-Núcleo de Estudos de Epidemiologia Aplicada à Saúde Perinatal, Neonatal e Pediátrica. Membro da La Cause des Bébés Brasil. Membro da Comissão Executiva do Título de Especialista da Sociedade Brasileira de Pediatria. Membro do Corpo editorial da Revista Residência Pediátrica.

Profª.
LAURA FERRAZ

Médica hematologista e paliativistas no Sistema Único de Saúde e na saúde suplementar. Formada em Medicina pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS-DF), com residência médica em Hematologia e Hemoterapia pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Especialização em Cuidados Paliativos pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Sírio Libanês -SP, com título de especialista pela Associação Médica Brasileira (RQE 2573). Mestre em Bioética pelo Programa de Pós-Graduação em Bioética da Universidade de Brasília (Cátedra UNESCO de Bioética). Membro da Comissão de Cuidados Paliativos da Associação Brasileira
de Hematologia e Hemoterapia (ABHH). Atua no Hospital de Base do Distrito Federal como médica paliativistas do setor de Hematologia e Hemoterapia.

Profª.
NELMA MELGAÇO

Diretora Executiva do Instituto Brasileiro de Direito do Paciente (IBDPAC), é Mestre em Bioética pela Universidade de Brasília e Advogada com 19 anos de experiência exclusiva na área da saúde. Atua como palestrante e é referência nacional em Direito do Paciente, Bioética e Saúde.

É Professora Convidada da AACI, organização internacional voltada para acreditação em saúde e certificação clínica, onde ministra disciplinas relacionadas à Bioética e aos Direitos dos Pacientes.

Compõe o corpo docente da Pós-Graduação em Direito Hospitalar do ProOrdem Goiânia/DF e do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Também leciona na Pós-Graduação em Enfermagem em Urgência e Emergência da UniEuro (Brasília/DF). É Professora e Coordenadora Pedagógica da Pós-Graduação em Direito do Paciente do IBDPAC, em parceria com a UniProcessus.

Além da atuação acadêmica, é Membro do Comitê Hospitalar de Bioética do Hospital de Apoio de Brasília e da Comissão de Saúde, Bioética e Biodireito da OAB/DF.

CARGA HORÁRIA

21 DE MAIO
AULAS SÍNCRONAS NA PLATAFORMA ZOOM

O Curso tem duração de 20 horas, com encontros em oito dias
subsequentes, das 19:00 às 21:00, por meio da Plataforma Zoom.

O IBDPAC CERTIFICARÁ OS PARTICIPANTES.

Conteúdo Programático

Introdução aos cuidados paliativos Andrea Nogueira
Cuidado Centrado no Paciente/Direitos do Paciente Laura Ferraz e Nelma Melgaço
Empatia Clínica Aline Albuquerque
Empatia clínica nos cuidados paliativos Aline Albuquerque
Comunicação empática Laura Ferraz
Comunicação empática nos cuidados paliativos Laura Ferraz
Comunicação empática no prognóstico/Dor e Empatia Clínica Andrea Nogueira e Cristina Ortiz
Empatia clínica nos cuidados paliativos pediátricos e de pessoas com deficiência Cristina Ortiz e Andrea Nogueira